imagem: O Delfim, herdeiro do trono francês, em óleo de 1661.
Por volta do século XIII, era muito comum que após os pequenos saírem dos cueiros,serem vestidos com roupas de adultos. A partir do século XVII, uma mudança vai ocorrer no uso dos trajes entre as crianças de boas família. As crianças começam a aparecer de vestidos, nas primeiras idades após a saida dos cueiros, não havendo grande diferenciação entre os modelos em relação ao sexos. Para os meninos maiores em fase escolar e na adolescência, o modelo comprido com uma abertura na frente, lembrava uma sotaina eclesiástica.
imagem: Gêmeos pintura do século XVII
Pensar um modelo de roupa exclusivo para a criança, vai ter uma importância social muito grande, pois surge a necessidade de separá-las de forma visível do mundo dos adultos. A roupa por ser muito cara estabelecia para os que as usavam uma posição hierárquica na sociedade, isso reforça a tese de que o sentimento de infância surgiu primeiro entre os nobres, ficando a população mais pobre a usar roupas de segunda-mão ou de brechos, sem se preocupar muito com os modelos e mais com o tamanho, o universo dos menos favorecidos vai por muito tempo não separar o mundo das crianças do mundo dos adultos, e isso será refletido de forma clara nas roupas, no trabalho e até mesmo nas brincadeiras.
Segundo Philippe de Áries a história da socialização da criança, foi um processo que ocorreu de forma muito lenta, que permitiu que a infância deixasse de ser vista como uma fase ruim que deveria passar rápido, e permitiu que aos poucos as crianças fossem conquistando o seu espaço no mundo infantil e se retirassem por completo do mundo dos adultos. Considerando a mudança do sistema econômico feudal para capitalista e a Revolução Industrial, como dois momentos históricos importantes para que estas mudanças acontecessem.
IMAGEM: O principe Luis, futuro rei da Espanha, em tela de 1710.
Pensar um modelo de roupa exclusivo para a criança, vai ter uma importância social muito grande, pois surge a necessidade de separá-las de forma visível do mundo dos adultos. A roupa por ser muito cara estabelecia para os que as usavam uma posição hierárquica na sociedade, isso reforça a tese de que o sentimento de infância surgiu primeiro entre os nobres, ficando a população mais pobre a usar roupas de segunda-mão ou de brechos, sem se preocupar muito com os modelos e mais com o tamanho, o universo dos menos favorecidos vai por muito tempo não separar o mundo das crianças do mundo dos adultos, e isso será refletido de forma clara nas roupas, no trabalho e até mesmo nas brincadeiras.
Segundo Philippe de Áries a história da socialização da criança, foi um processo que ocorreu de forma muito lenta, que permitiu que a infância deixasse de ser vista como uma fase ruim que deveria passar rápido, e permitiu que aos poucos as crianças fossem conquistando o seu espaço no mundo infantil e se retirassem por completo do mundo dos adultos. Considerando a mudança do sistema econômico feudal para capitalista e a Revolução Industrial, como dois momentos históricos importantes para que estas mudanças acontecessem.
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