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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os Classicos da Política- NICOLAU MAQUIAVEL ( Francisco C. Weffot)



Maquiavélico e maquiavelismo são adjetivos e substantivos que surgiram a partir do seu nome, com base na maneira como suas idéias foram interpetradas, na época em que seus livros foram publicados.
Maquiavel nasceu em Florença em 3 de maio de 1469, numa Itália esplendorosa mas infeliz. Aos 29 anos ocupava um cargo na Segunda Chancelaria, posição de considerável responsabilidade na administração do Estado. Porém suas tarefas diplomáticas sofreram uma brusca interrupção, quando os Medicis recuperam o poder e voltaram para Florença, demitindo todos os funcionários público do antigo governo e condenando Maquiavel e outros exílio com a acusação de tomar parte em uma conspiração contra o governo Medici.
Com a condenação Maquiavel vai passar o resto da sua vida afastado da vida pública, mas vai produzir livros que serão lidos por gerações e gerações, após a sua morte, entre os mais famosos está "O Principe" que ele escreveu para o então herdeiro do trono italiano principe Juliano, nesta obra Maquiavel ensina como ser um bom governante, porém sua ultima tentativa de recuperar a liberdade foi fustrada, pois Juliano não se interessou pelas informações contidas no livro. Mas a obra de Maquável virou livro de cabeçeira de muitos outros governantes, e até hoje serve como referência para aqueles que ocupam ou querem conquistar cargos de liderança no mundo inteiro.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Histórias das Mulheres no Brasil: Feminino e Feminino: O amor entre mulheres: Emanuel Araújo

A sexualidade feminina no período colônial era controlada de várias formas e em diversos níveis. As mulheres, então, ou se submetiam aos padrões impostos, ou regiam com o exercício da sedução( também de várias formas e em diversos níveis) e da transgressão. Uma das maneiras de violar, agredir e se defender estava justamente em refugiar-se no amor de outra mulher. O homossexualismo( ou sodomia, como se dizia na época) era condenado com muita severidade na legislação civil: quem o " pecado de sodomia por qualquer maneira cometer, seja queimado e feito fogo em pó, para que nunca de seu corpo e sepultura possa haver memória, e todos os seus bens sejam confiscado para a Coroa". Muitas mulheres, no entanto, pareciam não se amendrontarem diante de tamanho rigor.  
Ao que parece essas mulheres não tinham interesse em tornar públicas suas ligações amorosas. Tudo se passava em círculos restritos de amigas e vizinhas, e muitas vezes nem era preciso sair de casa, aproveitava-se a hierarquia e a intimidade em que conviviam cotidianamente senhoras e escravas.
O último lugar onde se poderia esperar a manifestação da sexualidade feminina seria nas celas dos conventos, pois ali as mulheres deviam recolher-se por espontânea vontade e, como "esposas de cristo", renunciar por completo os prazeres sexuais. Mas nem sempre acontecia assim. Longe do olhar paterno e da vigilância de vizinhos, a jovem e vaidosa freira passava a integrar uma corporação das mais fechadas, com as suas próprias regras e trangressões, cuidadosamente reguladas. Assim a sexualidade reprimida em casa podia agora se extravassar de mil maneiras, algumas sutis, engenhosas, ardilosas mesmo, outras sem maior rebusco, sem cuidado, sem pudor algum.          

História das Mulheres no Brasil:"Relações Perigosas" - O adultério no período colonial: Emanuel Araújo

Na época colonial a mulher arriscava-se muito ao cometer adultério. Arriscava, aliás, a vida, porque a própria lei permitia que "achando o homem casado sua mulher em adultério, licitamente poderá matar assim a ela como o adúltero". Mas a carne era fraca e a paixão com certeza forte, e não faltam exemplos de casos que acabaram em tragédias. Os refúgios do pecado eram os de sempre, o mato, a rede, a cama, mas as ocasiões variavam. 

A igreja era o teatro habitual de todas as aventuras amorosas na fase inicial, a mais ardente da sua eclosão. Só aí é possível ver as damas sem embaraço aproximarem-se diretamente e até cochicharem algumas palavras[...] Enquanto se faz o sinal- da- cruz, pronuncia-se no tom da mais fervorosa prece a declaração de amor.   

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

História das Mulheres no Brasil: A arte da sedução: sexualidade feminina na colônia- Emanuel Araújo



Corre a missa. De repente, uma troca de olhares, um rápido desvio do rosto, o coração aflito, a respiração arfante, o desejo abrasa o corpo. Que fazer? Acompanhada dos pais, cercada de irmãos e criadas, nada podia fazer, exceto esperar. Esperar que o belo rapaz fosse bem-intencionado,que tomasse a iniciativa da corte e se comportase de acordo com as regras da moral e dos bons costumes, sob o indispensável consentimento paterno e aos olhos atentos de uma tia ou de uma criada de confiança ( de seu pai, naturalmente). Esse era o esteriótipo, o bom modelo, o comportamento que se esperava no despertar da sexualidade feminina.
 A toda-poderosa Igreja exercia forte pressão sobre o adestramento da sexualidade feminina. O fundamento escolhido para justificar a repressão da mulher era simples: o homem era superior, e portanto cabia a ele exercer a autoridade." As mulheres estavam sujeitas aos seus maridos como ao Senhor, porque o homem é a cabeça da Igreja... Como a Igreja está sujeita a Cristo, estejam as mulheres em tudo sujeitas aos seus maridos". De modo que macho ( marido, pai, irmão, etc.) representava Cristo no lar. A mulher estava condenada, por definição, a pagar eternamente pelo erro de Eva, a primeira fêmea, que levou Adão ao pecado e tirou da humanidade futura a possibilidade de gozar da inocência paradisíaca. Já que  a mulher partilhava da essência de Eva, tinha de ser permanentemente controlada. 

O Diabo e a terra de Santa Cruz - Laura de Mello e Souza

 O homem medieval acreditava na existência física do Édem. Com o fortalecimento do renascimento uma corrente de idéias mais humanas, o homem passa a buscar a salvação aqui na terra, ele não quer mais esperar a morte para encontrar o paraíso. Neste período vai haver uma forte crença de que o velho mundo estava corrompido pelo pecado original de Adão e Eva e por isso abandonado por Deus. A busca pelo Paraíso terreal, vai ser um dos incentivos para as grandes navegações  e o descobrimento de novas terras.  

 

    Jardim do édem

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Escola dos Annales

A Escola dos Annales foi um movimento historiográfico que se constitui em torno de um período acadêmico francês. Teve como fundadores Lucien Febvre( especialista em século XVI) e Marc Block ( medievalista) a principal característica desta escola foi ter incorporado métodos de ciências sociais, história e  sociológia em suas abordagens.
Desde os tempos de Heródotos e Tucídides (antiguidade) a forma dominantes de se escrever a história, era a narrativa dos acontecimentos políticos e militares, com grandes histórias, exaltanto grandes homens, chefes militares e reis. A partir de 1929 com a criação da  Escola dos Annales vai haver uma revolução na maneira como se passou a se escrever a história da humanidade.

Evolução Urbana do Rio de Janeiro - Maurício Abreu

No século XIX vai acontecer uma transformação radical no Rio de Janeiro na sua forma urbana e na sua estrutura espacial estratificada em termos de classe social. Do ponto de vista geográfico o Rio de Janeiro era uma pequena cidade espremida entre os morros do Castelo e São Bento. Do ponto de vista populacional ocupada em sua maioria por escravos, poucos trabalhadores livres e uma reduzida elite administradora, militar e mercantil. Todos ocupavam o mesmo espaço, se diferenciando apenas pelas moradias, devido a falta de transporte coletivos.O aparecimento dos bondes e trens vai separar essas classes sociais, a elite vai se dirigir para a zona sul, enquanto que para os subúrbios seguem os de classes menos privilegiadas. 

                                           IMAGEM: BONDES DO RIO DE JANEIRO